quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Moby D'Urca.
Moby D’urca
A Lua na Urca.Que baleia Orca !
De olharpoadores que vão à ventura
de acordes (jorgebeniantes) de limpidez pura
que o bairro transpira
e tosse.Inspira
e Solta.Comprime e pulsa.
Mesma Urca convulsa
que engoliu Nuntuckets e Nuntucktenses
Pseudocariocas e Psicofluminenses...
Como sabemos, a Urca é o maior mamífero da Cidade
Leve leviatã soprano a bebericar doceano
Sussurra,ronrona e geme sopros de eternidade
No caos do cais urbano
a lua na urca é de dar tiro em Arcanjo.
Ventanágua e no sopro estriônico
flanam leves estrias molhadas
A lua da Urca é apaixonada
e sente o faro raro do aro
de minha fina bicicleta.
Moda de Agora.
A apologia do Caqui.
Caqui-Oswaldo
na cidade ribeirinha
não fez sucesso porque lá não é aqui.
Caqui da terra,vermelho que só tomate,
enche a boca,entope os vaso e
faz inveja ao açaí.
Carmim na proa
e um suco rubro na popa
faz tanto efeito quanto um tiro
a queima roupa!
Caqui suspenso com o rufar dos meus tambores
caqui de todas as cores,
caqui que não tem aqui.
Caqui orvalho da folha
-e da cor do Chaves?
-Tás enganada,não seria Chapolin?
Caqui que corre na veia dos paparazzo
Caqui nariz de palhaço
cáqui é cor,não é Caqui.
Capim do mato,vara de goiabeira.
Caqui gigante e proibido na feira.
Caqui com apim,caqui assim,caipi-limão,
Caqui docim
-Comer com a mão?
-Claro que sim!
-Desce o caqui!Desce o melão!
e baixa aqui o caquizão,vai na pressão.
-MANDA CAQUI!
-Assim tá bom?
-Falta Caqui.
-Manda praqui!
Loura filha da puta.
Voltei para a minha paixão do jardim da infância de barba no rosto e querendo ouvir Beatles com ela num volume proibido.No embaraço dos cumprimentos eu quis deitá-la na grama,mostrar-lhe meus poemas e ascender-nos um baseado.Que desceria as neblinas das altas montanhas até as raízes de todos os vegetais a nossa volta.Quis contar-lhe que estava com a pele descascando e os batimentos acelerando.Quis explicar a ela como eu tramava transformar nossos pontos finais em reticências.Mas tudo isso ficou impossível já que a loura nem me reconhecer reconhece.
Assim.Quando a realidade me abraçou,meus desejos escorregaram, a loura me sorriu sem graça.Pescando hipóteses sobre a minha identidade.Depois de desistir fingindo estar bastante ciente vira as costas.E vai lamentar a falta que faz não ter alguém para se ouvir Beatles no volume proibido,rolar na grama e queimar uma brenfa!
Loura Filha da Puta.
o inesperado e a poesia do abnormal
O que veio sem chegar
por meio de teletransporte
um implante?Um ponto?Um corte?
e que melodia fez cavar?
Um aparte no sussurro:
estalinho nas artérias,
desmantelou a matéria
e fê-la bigorna e vírus.
revolveu-me entre papírus
fez rolar ordens e dons,
melodias,letras,sons.
Tudo que cabe no cabide
-poesia apoquentada!-
tão farpada que agride.
Pé-quebrado,
pausa ou breque.
Poema-pé-de-mo-le-que
que engasgou o pai do pop,
meio pomba,meio rock
é honroso em seu calote
Abnormal feito chilique
rouba penas de cacique
e faz cosquinhas mentais.
arestas
revolta contra os garimpeiros mentais(esses putos)
baby vê quanta gente há martelando na minha cabeça.Vê esses putos de pé,pá,picareta,pica ereta e cobranças?Grava pra mim seus olhos malditos.Memoriza o gosto dos bafos deles,diagnostica.
Para engordar o meu rancor horroroso: interroga estas constelações que me arrebentam a nuca nesta véspera de dia ruim.Apieda-te do homem assombrado,baby,aqui do teu lado,alagado,incomodado assistindo ao
memorial de Maria Moura.