terça-feira, 4 de maio de 2010

autoexame das papas




eis me a esmo
cafona aforismo
asno de mim mesmo
almoxarinfiado no cosmo
dum marasmo malabarista

eis por extenso os lundus-ponto- de- vista (de ônibus)
da indagação.Insustentável esfarofamento
me desaloja e desmembra em muitos
[que se agrupam

que me engrupem.

eis me ancestral e herdeiro
de um não raso vaso
de tolices irmãs.E passeio
pelas nuvens chãs (patinhas... lagartas)
das brumas que meus peidos produzem...

eu aqui
notívago da boemia perene
histérico da poesia sirene
sou hidropônico e pálido
apoteótico e cíclico
mateus e catirina de nossos folguedos rurais.

aqui eu
que me aplico de
açúcares
que me aplacam de prazeres
guizos,framboesas,
troncos,galhos,trocadilhos,membros
e membranas de gente à milanesa...

eu bicicleta,eu correia
eu roldana,eu dentição metálica,
eu caminhão de lixo extraordinário

eu molhando a noite com a boca.

eis me ex-eu,eis me esquimó
eis me exu,eis me rei,eis me momo
eis me smirnoff ice, eis o que eu
sou um mero mímico sínico