quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rápido Diálogo.

-Thompson tem uma esposa belíssima,eu sinto em concordar.
-Sente?Sente o que?
-Ora,Guedes.Vamos lá,vamos lá não é?
-Você acha que o Thompson não merece ser feliz?
-Porra Guedes,ser feliz vá lá.Agora comer uma mulher dessas mereço eu,mereçe você...
-O Thompson também.E quer saber?Se eu não tivesse aqui você não teria falado que eu merecia.
-Teria mesmo não.
-...filha da puta!
-Olha.Se você não estivesse aqui eu não ia pensar em você ao olhar a bunda da mulher do Thompson,Guedes.
-Ufa!Ainda bem não é?.Vou lá.
-Onde?
-Comer a mulher do Thompson...
-Guedes!Guedes!
Provérbio Brasileiro Contemporâneo.

"um provérbio que data de 2009."

Era um sujeito criador e criativo.De muitos pensamentos ao mesmo tempo e de ímpeto feroz.Mas infelizmente veio a falecer num acidente terrível.
Deixando pendengas:Crônicas e contos para escrever.Peças de teatro pela metade,adaptações fidedignas e estudos e mais estudos apartir de uma muy peculiar compreensaõ do mundo.
Morrera,o orkut ainda aberto.Recebendo scraps de pesares e testemonials que nunca poderá aceitar.Foi uma desgraça.
Contudo,os anos se empurram e passam uns por cima dos outros...
Depois de alguns anos,que se roçaram e se derrubaram, um outro rapaz é acoplado ao meio de amizade ainda abalado e de luto.Tão sereno quanto o outro e também de ímpeto feroz!
Tem suas criações,ambições e até problemas bastante similares aos do falecido sujeito.
Em pouco tempo os amigos voltam a sorrir de piadas absurdas de humor peculiar,estimam a escrita do novo amigo e já o têm como velho amigo.
Até que um dos comparças sujere que ele termine tudo o que o amigo falecido havia começado.Afinal das contas, o pensamento dos dois é bastante parecido,suas artes os inspiravam o mesmo tipo de emoção e até no que diz respeito a metáforas os dois pareciam ter bebido nas mesmas fontes.Mas o rapaz se recusa devido a seu orgulho.O que é dele é dele e o que não é não é!
O amigo insiste.Sempre que pode começa a ler um poema do falecido ao amigo.O rapaz depois de alguns anos conhece alguns de cór.E de tanto conhecer já não ri mais dos versos irônicos e sente-se triste por conseguir saborear a melancolia que o falecido havia conseguido investir em seus versos.Em não muito tempo o amigo novo já admira e sente falta do sujeito que jamais conhecera,se empenha em respostas para seus poemas,desenvolve outras histórias em seus cenários,importa personagens delineados pelo morto e visita com frequência a página de orkut que jamais se fechará e paira, com fotos de um jovem poeta morto,pelo gigantesco nada cibernético.
Ele cogita:-será que se finalizadas estas letras me tocariam com tal ternura?
Finalizados.Seriam os versos de um poeta,longe portanto de serem versos de um poeta morto.
Matemos os poetas todos?Ele chega a cogitar com leveza.
Até a tarde em que ele mesmo morre...alguns culpam as idéias herdadas.Como malditas.