quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Loura filha da puta.


Voltei para a minha paixão do jardim da infância de barba no rosto e querendo ouvir Beatles com ela num volume proibido.No embaraço dos cumprimentos eu quis deitá-la na grama,mostrar-lhe meus poemas e ascender-nos um baseado.Que desceria as neblinas das altas montanhas até as raízes de todos os vegetais a nossa volta.Quis contar-lhe que estava com a pele descascando e os batimentos acelerando.Quis explicar a ela como eu tramava transformar nossos pontos finais em reticências.Mas tudo isso ficou impossível já que a loura nem me reconhecer reconhece.

Assim.Quando a realidade me abraçou,meus desejos escorregaram, a loura me sorriu sem graça.Pescando hipóteses sobre a minha identidade.Depois de desistir fingindo estar bastante ciente vira as costas.E vai lamentar a falta que faz não ter alguém para se ouvir Beatles no volume proibido,rolar na grama e queimar uma brenfa!

Loura Filha da Puta.

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