terça-feira, 16 de junho de 2009

papo de 438


figura- aí,na moral adoro o Adriano,gosto do futebol dele e o caralho...mas ele ta acabando com o Mengão.

cobrador-tem que dar uma surra nele de gato morto até o gato miar.

eu(rindo) - abusadão.

figura -Ta rindo?

cobrador -ta rindo?

figura-abusado.Só vai pro flamengo cheirado.Vai só pra fumar e beber.

cobrador-e cheirar.

figura-é os três que ele mais gosta.
figura-e de zoar.

eu (continuo rindo)

cobrador- Tá rindo?
cobrador-Léo Moura depois que terminou com a Perla...ta tiráptchurum.

figura- Arrasou o emocional dele.
figura-Fábio Luciano?

cobrador-é outro que eu já tinha mandado embora.Zé roela do cacete.

Poema inspirado em uma personagem de Murilo Rubião que tomou vida bem na frente dos meus olhos.

(A essa altura Margarerbe já estaria lambendo os dedos lambuzados de chocolate ou limpando-os no roupão estampado de vermelho,sua cor predileta.A porca.) -Murilo Rubião em O bloqueio.

Margarerbe,
do conto "O bloqueio".



nestes abruptos rodopios
do mundo,
Margarerbe saltou-se
do conto de Rubião.
Exageradamente,como descrita
a fêmea maldita me lançou ao chão!

Veio,e ao me ver,
me veio de olhos,peitos e coração.
Sentou as tetas sobre minhas pestanas.
um tubarão sem barbatanas...
Sorriso alargado como
a cara,
olhar de coruja,
sebosos cabelos.
Eu me invergonho,
ela não pára.

visitei por dois mêses aquele decote e em três destes mêses
vivi pesadelos.

Malditas e tesas tetas bem (in)tensionadas,
sua gula me engolia
em goles que eu não sentia
perdi a mandibúla sonhando mamadas...

afora o pavor de seu
congelante e quente
bafo de pasta de dente
Margarerbe era loura,
jovem e atraente...
se tivesse sorriso de gente.

deixo o cotovelo escorregar
e a ladra sequestra-me o braço.
Romântica,me leva a passear
mas eu não arredo meio passo...

se agiganta por cima de mim
quase todo.
Em seus olhos Rimbaud faz efeito:
enxuga os óculos,coça pigarro
e me abraça por meio dos peitos.

criatura caricaturada,
evangélica de lânguido porte
solta no mundo real
sua intensa gula carrega má sorte

domingo, 14 de junho de 2009

a quem devo cobrar??


é junho,o blu-ray nasceu e seu dvd já deve estar perguntando para sua vitrola e seu vídeo cassete se a vida no marasmo tem alguma vantagem.A imprensa deu super certo,a xerox deu super certo,o cigarro prospera mesmo com restrições e controle sobre a sua propaganda.A internet abriu mais espaços para nosas ambições e vaidades.O presidente dos E.U.A é negro,o fim do mundo está novamente próximo,enfim a humanidade está ainda regridindo pelo progresso,mas...onde está o teletransporte?
Uma idéia conhecida nossa já ha algum tempo,familiar.Nego tem tanta idéia inusitada,surpreendente,caótica,subversiva,cara,problemática,devastadoras,supérfluas ...mas e quanto as idéias já conhecidas que precisam de uma realização,nada a menos?Deve ser platônicamente irritante vir ao mundo como uma idéia óbvia,conhecida,imitada,chegar ate a virar clichê!E no entanto nunca se concretizar,nunca existir pra valer,um sonho do coletivo humano nunca tornado real. {ainda}

Aí começo a questionar determinados fatos.A ideia de teletrasnportar-se,tão cômoda,perfeita,eu até classificaria como necessária à vida humana.[mesmo a uma sociedade que nunca chegou a conviver com ela concluída,como fato.]É uma ideia que certamente já instigou muitos estudiosos e cientistas,como foi que em anos de ciência nenhum deles obteve ainda este sucesso?

a quem devo cobrar?

Por causa destes pensamentos,certas dúvidas se movimentam por mim.A desconfiança ameaça o meu modo de enxergar as coisas.E me dá respostas...neste mundo das Grandes Corporações...a invenção de um teletrasnporte causaria reboliço.Os mesmos que tremem de medo da pirataria,e querem mamar os lucros das propriedades intelectuais e tiram do ar blogs culturais com violência cibernética,esses pagariam o quanto pudessem para que a invensão do teletransporte fosse abafada ou até mesmo impedida.Pense nos senhores do petróleo sem vender gasolina,as empresas de ônibus,os estacionamentos,os flanelinhas,os taxistas,os cobradores de ônibus,os moto-boys/taxis,o emprego a domicílio ...e um sem número de exemplos...seria o teletrasnporte uma revolução bastante libertária.
Talvez por isso,algo contra o qual os poderosos estejam lutando.
O mais importante para o homem é que ele invente e se supere.Quanto mais idéiais concretizadas mais evoluídas as próximas ideias.
Ideia concretizada é fato.

Guindaste a rigor




Eu quero um trem de doze vagões
Pra marcar o compasso pois eu vou cantar
Quero dez máquinas de concreto
Porque não gosto de violino
Quero um discurso do Nero
Para fazer contraponto
Doze motocicletas no lugar do contrabaixo
Para reger o conjunto, um guindaste à rigor
E na hora do breque um belo assopro de coca-cola
Ah, ah, ah que cola
A tonalidade é ré sustenido bem claro
Ou mi colorido bemol
Sidomidelamefalasemsirelanemsolfa

Para parceiro na letra
Satanás de babydoll
Ou um camundongo sádico que tem a língua vermelha
E no fim da primeira parte beije a Brigitte Bardal

Mas, ora, veja:
Enquanto eu cantava
O verbo enganado
Com a língua do poeta enrolada no pescoço
Pendurado sem socorro
Já parou de balançar as pernas
Já parou de balançar as pernas
Já parou de balançar as pernas
Já parou de balançar as pernas
Já parou

terça-feira, 9 de junho de 2009

Os Mutantes

só para deixar aqui um salve para minha banda preferida.

sábado, 6 de junho de 2009

Georges Franju em entrevista.


"Voltando ao que eu disse sobre o fantástico,o espetáculo.Eu não gosto,isso não me interessa.Não me emociona e eu não acredito. Não acredito,porque desde criança nunca acreditei em contos de fadas.Eles eram muito chatos.Por outro lado,a realidade me encantava e ás vezes me assustava. Em outras palavras,adoro as imagens que me fazem sonhar mas não gosto que alguém as sonhe para mim."

Georges Franju é o cineasta francês.

Bela paisagem apaixonante da bailarina no metrô.






porta de metrô,

propondo aquele débil samba de cotovelos...


aqui(metrô)se lê jornal.


vagueio vagabundo

da sães pena até copa


figuro sobre as coisas,figuro sobre as cores e figuro sobre a figura do maneta na sociedade episcopal.


ha um lugar vazio e entra no vagão

um sujeito,os dois se olham mas apesar da clara empatia

vem a gorda e senta


e a vida prova sua excelência em desalojar

comprovamos


eu,sujeito agarrado em barra também.

eu porém agarrado mais em meu caderno.Quase que com a boca..

entra uma bailarina

elas costumavam me emocionar mais...


c'est copá.(problemas de digitação me levaram ao francês)


uma gringa sem soutien atravessa a rua de copa

o mar sem soutien não.( e deus que me livre como diria minha prima avó albertina)


o preço da mad é a única

de suas piadas que me barbariza.

sigo,

meto no shuflle,confio no shufle...oh Wes Montgomery..dubadu.