domingo, 4 de julho de 2010

aos túneis da minha cidade e aos carros que passam neles.


neste túnel que me vaia
me vou.Perceguido por
um U infinito.Eu bisci-
cleta,eu pedaladas e
eu mosquito (lambedor
das graças das
lâmpadas!)Sigo só

caçando eurekas.

alguns carros me
dão manchas na
cueca outros me
dão lambadas ver
tiginosas e tinjo
com minhas tripas
as paredes já mi
jadas deste túnel.

este túmulo
estupendo
paralítico
frenético
nevráugico.

pensamentos sobre a bunda do capeta me atordoam.Tumultuam.ME ENGARRAFAM,ME ESTACIONAM,ME DIRIGEM A REFLEXÃO sem que
eu o deseje.Sinto em meu peito
estacadas do pilão do universo.
Despejo sílabas cirandeiras que
os uivos maquinais extinguem
e na garganta das pedras a
digestão espacial range.

longe ainda do suor solar
eu sugo das lampadinhas
que os motorizados têm
graças a gasolina que
pulsa em suas veias
do mesmo jeito que
os motorizados pulsam
nas vias venais da cidade!

já diria Jim caviezel:
tudo é viceras e óleo dísel.

eis a bela miragem

bela miragem me-
gera.Que beira a
ribeira quebrada
e almofadissa
toma a mim como
premissa e faz de
ilusão uma prima
vera.Bela miragem
me gela.
Mente mas
gera sementes,
brinca mas diz
a verdade to
ma por berço
a cidade e por
madrinha minha
mente...Geodésica ilusão fluente
... rocha arrolada por cremes,
rolhas,plantas,cor.Sais do oceano,Oriente.
Oasis que banha
o Complexo do Alemão.Soberba de
preto pobre!Belas mulatas de lajes.

inspirado em Rebecca Horn e em sua anarquia.


samba que alude ao idílio

eu queria mesmo a -suíte paulistana-
de hermeto pascoal soando em mim
ressonando magnética pelas en
trâncias.Perambulando-me os tubos
revirando me
em contorcionismos.

eu
bem
que
queria trepado a um
trapézio que minhas secreções
proteicas a que aludo como: unha.

retintas crescessem para dentro
dos dedos.Cadaverizando a mim.
adocicando e adoecendo-me.Des
pencando me universo a fora.Sa
tírico satelite satânico!

eu queria o estímulo dos homem-bomba.
seu efeito,som,luz-clarevidência.Pois querer
causa amarga demência