quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

esse fiapo de vida entre meus dentes




todas as janelas apontam pra angustia e os nós estão puídos. Os laços estão esgarçados, alianças enferrujadas. Só a condenação de cumprir o resto dos meus dias na minha odiosa companhia que se mantém inabalável ...
enquanto a podridão que se esconde sob o termo "condição humana" faz despertar quem teve sua porção noturna de sono eu construo o meu vulcão com bicarbonato de sódio.
Aquele eu morando no Flamengo , aquele eu ancorado na Guanabara , aquele eu monumental realizando o meu sonho no meio da Afonso Pena,aquele eu perdido na floresta da Tijuca, eu não sei se são visões de vidas passadas , previsões da vida futura ou o atual momento da minha vida.Também não sei se sou eu aquele bate-bola criança desmascarado por um policial a paisana ou se são lembranças alheias que a gente veste por osmose…
Com simpatia e muito amor no coração costurarei mais alianças ,nós , amores para puir,roer,cuspir e deixar o tempo descolorir .