segunda-feira, 19 de julho de 2010

lá pra bem

se tudo tem
seu ponto de vista
largue o
seu ponto de vista
lá pra bem
longe do
meu poema,
minha concatenação de citações,
de minha encenação pudíca.
[Porque não interpretam A Puta
Que Os Pariu de meias?]

se largo uma ampola no pátio e ela jamais afunda
se largo uma bola no lago e crianças não chutam
se solto uma pena no ar e a pena não quica
isto não é problema meu.

lá pra bem

eu suturo tudo no escuro
atiro a esmo mesmo,ué.

largue o teu
tudo.

sorri pro meu bloco entrar bem,sorri.
sorriso de nuca a nuca,vai,sorri.
não vou lutar contra todas as tintas
que já pixaram muros tombados
porque eu sou pintura delas.

vai lá e ri
durante horas do
que não tem graça
durante horas do
que é papo sério
e faz covinha com
a bochecha e pre
encha os céus com sons!

{só de ouvir o
rumor das possibilidades
esquentando na sua
cabeçinha

me
emputeço.}