quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cobrallis.

eu vi sim eu vi sim senhor a cobra dadaísta isso eu vi.
saracuteando varejeira
caranguejeira,macaxeira macaquíssima.
Eu vi sim essa cobra de fumo de plumas de aço fundido
de cobre de mijo de ranso e de cansaço.
Enquanto eu doudava no espaço
meteu-me a bocarra no braço,
fumava e se chamava Lis.
lhe ofereci caquis
- ela não quis
me ofereci
e
ri
Lis
do que
fiz.

ri Lis,tua baba é meu braço.
me manga me cerceia me magoa.
ri Lis da peçonha de giz,ri Lis,teus lirismos febris.
ri Lis ao moer-te na cauda.
com calma

ante

que cobra
niuma
não
tem.



* à Gabi que me abriu as portas para o milagre da centralização.

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