(A essa altura Margarerbe já estaria lambendo os dedos lambuzados de chocolate ou limpando-os no roupão estampado de vermelho,sua cor predileta.A porca.) -Murilo Rubião em O bloqueio.
Margarerbe,
do conto "O bloqueio".nestes abruptos rodopios
do mundo,
Margarerbe saltou-se
do conto de Rubião.
Exageradamente,como descrita
a fêmea maldita me lançou ao chão!
Veio,e ao me ver,
me veio de olhos,peitos e coração.
Sentou as tetas sobre minhas pestanas.
um tubarão sem barbatanas...
Sorriso alargado como
a cara,
olhar de coruja,
sebosos cabelos.
Eu me invergonho,
ela não pára.
visitei por dois mêses aquele decote e em três destes mêses
vivi pesadelos.
Malditas e tesas tetas bem (in)tensionadas,
sua gula me engolia
em goles que eu não sentia
perdi a mandibúla sonhando mamadas...
afora o pavor de seu
congelante e quente
bafo de pasta de dente
Margarerbe era loura,
jovem e atraente...
se tivesse sorriso de gente.
deixo o cotovelo escorregar
e a ladra sequestra-me o braço.
Romântica,me leva a passear
mas eu não arredo meio passo...
se agiganta por cima de mim
quase todo.
Em seus olhos Rimbaud faz efeito:
enxuga os óculos,coça pigarro
e me abraça por meio dos peitos.
criatura caricaturada,
evangélica de lânguido porte
solta no mundo real
sua intensa gula carrega má sorte