terça-feira, 17 de março de 2009

Saleiro e Sangria na Lagoa.

(dedicado a Manuel Bandeira e a quem mais gostar de sapos)


Sal no sapo explode o papo

o bicho rasga, os ossos pulam,

pele estala,olho estraçalha

outros se ajuntam:

-mataro o Beiço.

-mar logo o Beiço?

-Deus é do mal

-não é.

-é.

Voa perna,voa pé

Por cima da insossa serpente

Que hoje nos soa sensata.

Medrosos se embrenham na mata...

...nada vai beirar consolo...

...ninguém mais se sente bem...

...mamam girinos em ninguém...

...mais um sapo pro além...

Tripas lambuzam a barra

da saia da Vitória-Regia

ontem tapete de festa

hoje chapéu de lagoa,

peruca de plâncton,

plantinha a toa.



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