segunda-feira, 3 de agosto de 2009

poesia/flerte com o esquemanovismo*.

Elvira
Elmira
Emília
Alzíra
Úrsula
Dalíla
Natasha
Yasmin

Cigorne
Simone
Cecília
Ivone
Vidinha
Suzana
Cristine
Madá

Perla
Tonica
Sandra
Conchita

Bebel
Evita
Margá
Nathalie
Sâmia
Felipa

Vanda





*esquemanovismo-
Tendência poética surgida nos últimos anos em mesa de boteco humaitense.Tem como objetivo explícito propor todo um esquema novo nos modos de expressão artísticas,ou um esquema todo novo na maneira de expressão artística ou um esquema novo todo nas imbircações das direções poéticas.Entre as características esquemanovistas deste experimento poético,como preferem alguns esquemanovistas esquemanovississimos salta aos olhos o uso exclusivo de nomes,e nomes femininos.Sem preferência exclusiva pelo nome belo,ou pelo nome bizarro estando todos em pé de igualdade como propunha o manifesto esquemanovista que grande sucesso obteve em uma leitura que houve ha não muito tempo em boteco na Pça da Cruz Vermelha.(reduto do crack e logo dos poetas esquemanovistas.)

à pirotecnia que há nas Julianas

A pirotecnia que há nas Julianas.

As Julianas são muitas e todas coloridas

Deus quando as molda as reveste de presentes...

Em cada espasmo convulsionar que eu tiver

Na beirola da morte, espero borbulhar

Em lembranças excêntricas do odor de cada Jú.

Quando o odor for muito para minha capacidade mnemônica:

Vou me perder em lembranças de suas temperaturas,planas.

Nas lembranças das Ju eternas e nas impressões das Ju levianas.

Lembrarei das Jus fulanas,enquanto morro de cama.

E assim amo a maneira que toda Ju que me afana

Me toma com a sede de um caldo de cana....

Ju que é ju não é:

Ufana o delírio gososo de ser Juliana...

explodem todas pelos ares.

Joguei Julianas nos mares para ver se plantava arquipélagos.

sábado, 1 de agosto de 2009

Silêncio no Brooklin Estrondo na Urca.




Sacundingundemos?

é olhar deslumbrado para ela e ficar pensando quantos jorge bens ela já não dançou na vida.Se assustaria com o swing sessentista esquisitaço e delicioso do "Bidu,Silêncio no Brooklin"?
eu sou muito bem resolvido
com essa coisa toda de jorge ben,
Urca com um puta luar na cabeça
Gafieira e ludo.
A alma da gente privilegiada do litoral é minha
também.Carrego nas unhas o frescor de certas noites,noites que não me lembro
mas se lembrarão de mim e dos meus.No mais

é sentir sentir sentir.E que o sentimento não se prenda em gaiolas porque são pterodáctilos não pássaros.(e ah!Essas coisas de passado/presente/futuro isso não existe não,tá!).

{Minha política de evitar conflito
ainda vai me afogar no marasmo...
preciso sambar maracatu encima do meu cadáver.}

...lá vem a Rosa Mas Que Nada,vem procurar o seu amor...
sacundingundemos?
A lot.

A Tal Menina Gata Augusta sempre foi da Jovem Samba e assim fica mole voltar a filosofar no seu cabelo cacheado,delirar no sorrisão e se inspirar nos rodopios...





é pra mudar que nasci o mesmo,desde 1988.

Três textos que mostram como eu pensava quando tinha dezessete anos...estarei o quão longe?

"Ah, meus dezesseste!"

"no terceiro ano todos os corações viram vagabundos e querem mesmo guardar o mundo dentro da gente."
(comentário de uma leitora)
Manifesto Terceiro-anista


" Sobre o horror de ter a mente demolida"
Redijo. Mesmo sabendo ser esta uma atitude impune, impulsiva e completamente contestável em todos os mais amplos sentidos da coisa.
Talvez o motivo principal desta escrita seja justamente este...o saber futuro que o arrependimento me visitará.
Entretanto, entretantos, não pude ser forte o bastante para desviar para as cucuias a inspiração que germinava e invadia minhas temporas ,para uns feito erva-daninha, para outros feito belas margaridas mas para os dois indubitavelmente regadas tanto pela minha tempestade interna, quanto pela água da chuva que descia já prevendo se enrolarem pelos meus fios de cabelo.
Em suma, escrevo neste momento em que não devia está-lo fazendo, mas o que posso fazer se o pulso do mundo, as vibrações da rotação da Terra e o barulho frio do vento fazem minhas veias me lançarem caminho ao infinito através de minha leve e ingênua bruzundanga de um desesseteanos qualquer que infelizmente sou?
Não sei como fugir desta vontade magna de congelar cada momento e acrescentar detalhes que muitas vezes eu não vi na hora ( e talvez nunca visse se não resolvesse tornar a história mais interessante).
Para os que não compreenderam porque de ser tão marginal este texto, eu explico sem delongas.
O fato é que eu deveria estar estudando!
Deveria seguir aquele mundo de sempre e tentar entendê-lo.
Tentar viver aquela realidade que me encaixaram há muitos anos atrás, e que com os anos passando, só denotam o quanto é impossível fazer o que foi feito ,e ter aguentado todos estes anos temendo esta realidade frágil e cada vez mais frágil ás realidades que realmente imperam.

... Quatro paredes...quadro negro,giz,muitos parecidos e nenhum semelhante,professor e no topo de tudo um relógio que gira para trás...

Hoje, pela primeira vez, se esclaresceu como tudo isso é frágil...

Não que eu nunca houvesse notado, apenas notei de alma inteira ...eu sentia um pouco disto nas violentas aulas de matemática , mas depois de me ausentar de uma prova em branco que só fez enegrescer minha mente foi que tudo fez sentido.

Botei o primeiro pé para fora do cárcere, e logo de início me veio em torno da cintura o abraço do mundo, e num estupro violento todo o universo sem paredes intupiu minha cabeça...
De súbito uma vontade louca de jogar chadrez com os aposentados da praça Saens Peña, de conversar com cada trabalhador em cada ônibus,de saudar idiotamente cada criança de colo e de fumar diversas donas de casa até me sentir com vontade de faxinar...

Num só segundo,eu tinha milhares de pessoas para me importar, de amigos e conhecidos a inimigos e desconhecidos, todos eles me importavam...tudo me importava, era uma questão de preferência...

__Prefiro o Doce da goiaba ao Doce de goiaba!__

Prefiro sentir o original pulsando vivo em cada rua,avenida,alameda, ao invés de ouvir histórias pré-fabricadas sobre ele.

Descobri que o meu maior problema, é que eu quero o mundo!

...e isso ninguém no cárcere jamais me ofereceu diretamente...

Tudo isso parece tão mais convidativo, parece mais interessante viver, para viver!
E não, parar de viver para aprender a viver e depois sim poder viver.

Se escrevo este texto, é mais do que por qualquer coisa pela arte da contra-mão, é por saber que estou traindo minhas convicções e indo pelo caminho mais fácil...
Pelo prazer enorme de estar errado !
E quando escrevo ditocujo meu livro de química fica aberto como quem quer me ensinar qualquer daquelas coisas terríveis que tão bem vão me fazer...

...é pelo ódio de não entender!
...é pelo ódio da atual condição!
...é pelo ódio da falta de escapatória!
...é pelo ódio do baixo teor artístico deste texto que eu troquei pela química!


Ou simplesmente...

Pelo prazer de estar errado!

Verde.




Sem dúvidas,era o mais correto de todos ao abrir o guarda chuva na Voluntários da Pátria, para conservar a impermeabilidade conseguida graças ao metrô,mas naquele simplório gesto ,algo mais estava implícito...

Pecava quem o dizia frio só por fazer o que fazia.
Era fã de Mahler ao mesmo tempo que admirava programas de baixo nível na televisão, neles via uma arte sincera e uma doçura improposital.
Quanto as balas de leite...digamos que era apenas necessidade.
Passava mais tempo pelos metrôs do que em casa, aliás no metrô que ele conheceu a música de Mahler,no dia em que fez sua primeira vítima em botafogo e tomou gosto pelo afazer...
Não adianta puxar na memória alguma informação sobre o estado de uma vítima de alguém perto do metrô...pois se você ao menos ouviu falar no primeiro incidente causado por Dimitri, nunca na vida que iria precisar se esforçar para se recordar o fato, pois ele não ia sair de sua cabeça um só minuto pro resto de sua existência.
...Dimitri era filho dos dias chuvosos, e costumava trabalhar com este seu pai sinistro que perdia neste adjetivo já pra sombra manca e curvada para a esquerda de Dimitri...
Nos dias que Dimitri esta nas ruas,os bem-te-vis nunca estão...
Perdido na multidão, Dimitri é só mais uma face e por que não haveria de ser?

Sobrancelhas coladas uma na outra, respiração pesada e sempre que desse , um cigarro entre os dedos, muito mais tempo entre os dedos do que tempo entre os lábios.
Falava sómente quando necessário, e curiosamente sua fala era crucial para o seu serviço.

Entretanto, ainda para muitos é mistério como Dimitri começou nesta sua sinistra ocupação, e para outros é apenas lenda...daquelas que se duvida,sacode os ombros e segue a vida para sempre sem nunca lembrar da existência até que a noite caia reacordando a memória e fazendo o indivíduo respeitar a lenda com todo o fervor.

A origem destes, hábitos sorrateiros de Dimitri obviamente não é uma ocasião feliz.

No início do ano passado, Dimitri havia se casado com uma meigura cintilante, se chamava Pamela e tinha olhar bonito feito o de criança, abraço gostoso como o de mãe, voz afável como uma enorme poltrona de tecido muito bom.
Pamela era a mais bela menina na época do colégio, e nunca foram mais longe do que os tradicionais cumprimentos informais.
...Até o passar dos anos, as voltas estranhas do destino e uma terça feira ,anos depois de adultos em que se trombaram em uma cafeteria e conversaram tão alto que resolveram namorar por uns tempos ,o que culminou no casamento.
Neste ano, Dimitri estava sem um emprego propriamente, apenas ajudava uma tia em sua padaria na Lapa, na parte da manhã, e pela tarde ele ia buscar Pamela no serviço e ela sempre lhe comprava balas de leite.
Numa destas tardes, Dimitri resolve chegar mais cedo, para surpreender Pamela.
E a surpresa maior foi pra Dimitri.

Sol ardendo sem dó, Pamela belíssima como já era,porém exaltada pelo verde de seu vestido que abraçava seu corpo como fazendo carinho na sutil pele morena da meiga.
Ao vê-la, Dimitri sorriu e foi ao seu encontro.
O que sentia com o abraço da menina,é que não merecia aquilo...era arrojo demais para alguém como ele os carinhos daquela menina, que ficava tão linda de verde, um verde tão verde que é livre de comparações, o Sol ainda a pino...esse nunca desiste.
O cabelo de Pamela se balança feito bossa nova e a jovem anda ao encontro de Dimitri, com seu belo e tênue nariz apontando para o desajeitado sujeito que através de seus olhos vê a mais bela das morenas contorcendo a face como quem chupa limão e lançando seu corpo perfeito ao chão num baque violento que arrancou-lhe dois dentes , um de cima e um de baixo democraticamente.

Uma bala ardia nas costas de Pamela, dando um vermelho ao vestido verde que aumentava de volume com constancia macabra.
Os que estavam ali ouviram o som do bumbo do demônio estourando, o que acabou acordando o tarol da revolta dentro de Dimitri, que com olhos mareados sente uma dor e um arrepio estranho daqueles quando se está com o corpo muito frio, e vem da verdade um calor súbito que eriça os pêlos.
Agaicha-se da maneira mais desajeitada que pode encontrar, e pensa em abraçar o corpo da menina que falesce olhando para ele com os olhos de criança até transbordado com as lágrimas de quem acaba de nascer...enquanto que o olhar de Dimitri apenas responde com as lágrimas de quem acaba de nascer, crescer, se reproduzir e morrer...o Sol aos poucos vai desistindo, pessoas se aglomeram...Pamela fecha seus olhos, Dimitri fica cego.

Começa a chover, chamada chuva de verão.

Mas em uma das esquinas da Voluntários da Pátria, bem perto do Estação Botafogo, ele avista um
Rapaz correndo, Dimitri faz a força de 347 homens para se levantar...quando tem a impressão de ter visto Pamela abrindo os olhos.
Imediatamente, olha para ela e perde o assassino de vista...apenas consegue se recordar de um fator...o uniforme, o assassino usava o uniforme dos vendedores de cartão C & A.

Dimitri passa o resto da semana recluso, até que resolve fazer justiça.
Vai até botafogo, a chuva lambe a todos.
Dimitri abre seu guarda chuva, bem perto de uma corja de vendedores de cartão C&A e espera que algum deles venha lhe prestar utilidade,talvez por habilidade do anjo da guarda deles, nenhum foi até Dimitri, então ele sem nem ao menos respirar resolveu chamar um...

-Ei ,cartão C&A?

Sendo muito provavelmente a única pessoa no mundo que já requisitou os serviços desta gente, Dimitri foi olhado com estranhamento por algumas pessoas que andavam correndo com pastas na cabeça.
Gentilmente, o sinistro homem abre o guarda chuva e exibe um enorme sorriso para o vendedor.
Que não faz finta e vai de encontro ao destino ali bem perto do metrô.
Na cabeça de Dimitri ,alguns dos nobres acordes de “I’ve lost the track of the world” do Mahler que ele tinha acabado de ouvir no metrô( onde mais se ouve Mahler?).
Dimitri leva o franzino rapaz que tinha o cabelo toscamente pintado de amarelo, mesmo sendo negro e o lança na parede e pergunta:

-Por que mataram Pamela?!

O rapaz de início não fazia idéia de quem era Pamela, então Dimitri precisou detalharbem entre um murro e outro.
Ele disse que como ela tinha sido a milhonésima pessoa a recusar os serviços deles, numa rua onde passam uma média de um milhão de pessoas por dia, eles apenas estavam seguindo uma espécie de profecia que diz que este indivíduo, que completasse esta marca,teria que viver a próxima vida como alguém que necessita demais do cartão C&A, ou seja ,a pessoa que eles mais gostariam de encontrar.

Não sei bem, se a esperança do garoto incluia sentasatez da parte de Dimitri, oque obviamente estava longe de acontecer...
Ao ouvir isto, Dimitri não pensou novamente e meteu a mão no bolso em busca de qualquer coisa que pudesse ferir aquele verme, quando encontrou apenas suas balas de leite, e então Dimitri enfiou as balas na boca do sujeito até que ele se asfixiasse intopindo sua garganta com elas ,e faz isto até hoje, com diferentes vendedores de cartão C&A,tendo até já matado o assassino, mas não parado desde então.

Alguns vendedores de cartão C&A, dizem que é apenas uma lenda urbana, já outros certamente acreditam,mas por via das dúvidas nenhum deles deixa que você o chame e sim vai direto a você antes que você pense nisso...pois segundo eles, a única pessoa que já requisitou o trabalho deles foi o homem do guarda chuva.

Fim.

Epígrafes Epi Epígrafes (aforismos ululantes dançando hulla hulla)


-Este texto é para quem não gosta dos meus textos.
Peço a este caríssimo amigo que entenda que com o pouco que tem na minha cabeça,tenho que me virar e acaba saindo daquela forma mesmo...para mostrar o quanto é difícil...trago a vocês,pequenas mostras do que eu achei lá( na minha cabeça) e peço que tente fazer algo que preste ,com esta exposição de badulaque mental...sei lá, reciclagem..



-" O google tem mais de 40000900 respostas diferentes para qual o sentido da vida"

-“Não aprendi a ler pensamentos,então os escrevo”

-“ Antes de Maomé ir a montanha,ele gritou com ela,esperniou e ofereceu-lhe um suculento pedaço
de vitela...como nem assim ela foi até ele? Nem eu sei.”

- “A física é um estupro de conceitos”

-“Se focinho de porco fosse tomada,feijoada seria muito mais interessante”

-“ Se fossemos maus por natureza,fariamos o bem só de sacanagem”

-“ Um sujeito é a união de diversos predicados”

-“ Rico é impulsivo,pobre é impulsilva”

-Pimenta nos olhos dos outros,é por que não sabem onde fica a boca”

-“ Se eu fosse mais simpático,seria mentiroso... e se me chamardes de mentiroso,aí mesmo é que eu não serei simpático”.

-“A moda agora é ser idiota”

-“ Viver...imitando a imagem do ser feliz”

- “ Falhas na Comunicação
Fa h s a Comu i ã “

-“ Há balas que abalam”

-“Agonisar ainda é viver”

-“ Mundo que vê sem enxergar”

-“ Toda e qualquer forma de certeza,sem sombra de dúvidas é ignorância”

-“ Somos sempre menores do que pensamos”

-“ Vida,por mais que vivamos,só escaparemos dela na morte”

-“ Se as pessoas pudessem,revestiriam seu corpo com espelho”.

-“ Tudo conspira na paranóia”

-“ As bochechas sabem mentir,mas os dentes não”

-“Ignore o típico.
Ignore o novo.
Ignore o desagradável.
...Se ignore.”

- “Tonho e Carla,se mantendo juntos até que a morte os separe”

-“Se eu pudesse voar,faria questão de descer do ônibus em qualquer ponto”

“Não comerás teu próximo,coma a ti mesmo”

-“ Tonho e Carla,separados num divórcio amigavel até que a morte os uma”

-“ A mímica é uma Anarquia corporal”

- “A humanidade busca a evolução para que possa assim voltar a viver nas cavernas”

- “Chupar manga de garfo e faca”

- “ignorância é a mãe de todos os males”

-“ Aprenda piano clássico,Lira, leia mais, se instrua e se torne assim ,um desempregado cult”

-“ A vida é como a mulher amada,te machuca intensa e continuamente e quando ela vai embora...é a morte”

-“Amendoim é um alimento desprezível”

-“ Melhor do que lente do contato é saber usar um óculos”

- “Maquiagem é um autografitismo”

-“ O coração é um órgão que funciona ritmicamente,se fosse melódico talvez a vida fosse mais perene”

-“ Necessita-se de necessidades .( é necessário segundo grau completo)

-“ Arrependimento não mata!! Er...opa...um..quer dizer...dependendo muito do caso...Ah !
Eu sinto que eu não devia ter escrito isso aqui ...er..aaaaaaahg!!”

- “ Existe uma tênue linha entre o bonitinho e o psicótico,veja
Bonitinho / psicótico,viu?”

-‘Não me tome por errado,me tome por desprovido de razão formal”

-“O homem primeiro precisa aprender a aprender”

-“ A realidade deixou há muito tempo de ser Real”

-“Compre uma flor, e entregue a sua dama que vive num palácio de núvens,ela ficará grata e depois...voltará a dormir”

-“Bebo a realidade e suo sonhos”

- “Se gripe fosse doença,não se pegava ...se contraia”

-“ Problema de camelo é fome”

sexta-feira, 24 de julho de 2009

política da boa vizinhança




conhece o novo morador do prédio de cima?euheim.Sujeito estranho de gostos...grotescos!Sim,malícia,malícia no saudar até.Pra cumprimentar é um tal de piscadela com a direita!(a figura pisca o olho direito de forma risível)*Mordiscadas nos lábios,tosse fingida.Ele finge aquela tosse ali,negona...Olha.Eu.Eu vinha,vinha vindo distraída que só,preocupada sei lá,com o passeio que eu ia dar amanhã lá por perto da casa do Glauco,quando...minha sobrinha você não vai acreditar.(não sou sua sobrinha,esta égua deve estar me confundindo.)*O homem me sai pra porta,escora assim o abdômem na parede.Um largo abdômen por sinal.E boce...(ela começa a apurar a audição com cautela)* Ó,ó.Aprecia só o mamute gemendo.(foi isso pra subir gelado algo por dentro da minha espinha,que eu suspeitava que era merda pralém do biológico.Assumi rápidamente a postura que assumem aqueles adoráveis frangos de padaria.A babá nordestina mete então a orelha na parede compondo a sua intenção de convidar minha atenção para o impressionante ruído que ainda reverberava em mim e agora treme as paredes.)*É um boi.Um dinossauro como daqueles antigos.Daqueles que só sobraram os ossos e nem as histórias.As histórias tivemos que inventar depois!Hahahahahaha...Rayara,que horas tem?(Rayara?)*(silêncio)*(como ela advinhou o meu nome de verdade?O que será que ela...?roendo unha,pergunto?)
rayara?Como, jovem?A senhora acabou de falar o nom...O que?Eu?Falei o que?Falei...Rayara?ô NOME,heim!!!!!hahahhahahaputamerdahahahahah.
ixe,putz grilla!
Vige,
mas é bom se divertir na desgraça do outros,né não?
Minha criança mermo.(ela mete a minha mão em sua pança cicatrizada de parideira)Se for mulher vai se chamar Djanine.Acha bonito?Se for homem:Djalma!!
Eu sou um pessoa que eu sei o valor de uma idéia.Não deu certo?Insiste.Até nego engolir,não e não minha filha?...negócio de mudar de idéia é coisa de traveco...sim!Me lembrei.Foi isso que o vizinhozilla lá de baixo falou, que me fez sentir tanto asco dele.(gestos mal escolhidos e mal programados,se este é o estado normal desta mulher,não desejo vê-la drogada.)*Mudar de idéia é coisa de traveco.Dona Miriamzinha, (o que?!)*como eu disse para a senhora eu sou uma pessoa que dá muito valor as idéias.(Miriam era o nome da minha mãe.)*Se para um sujeito desse, mencionar...travestis...com essa facilidade/banalidade é corriqueiro.É exemplar,é metaforizável...então bem....Isso pressupõe que ele tem alguma experiência no metiê!(estou inquieta.Tudo da atmosfera deste lugar que falava comigo no íntimo,agora está berrando.)
-agora,que horas tem?
são,deixa eu ver.Arf.MuitaLoisa pra lazer!
Néiaa!abrindo os braços ruborizada.Néia!Néinha!Minha babá do jardim até a sétima série.Cuidou de mim com tanto carinho.Sou eu Rayara,filha da dona Miriam.Você me chamava de Dona Miriamzinha muitas vezes que preferia fingir ter esquecido como eu me chamo.Pois eu mudei o meu nome.Me chamo Indiana.Como daqueles filmes que eu gostava de ver na sessão da tarde.Eu queria botar o Jones no final,mas existem leis pra essas coisas e os alteradores de nome do cartório não permitiram.Um bando de sem cultura.Mas eles que se danem,estamos juntas novamente Néia!

(a vagabunda sorriu como sorri o frajola quando agarra todos os dedos ao redor do piu-piu.Atrás de mim o vizinho gordo estalava todos os dedos)*


Eu não sou a Néia,Indiana.
Mas você vem conosco.(ele mete o suvaco na minha cara me derrubando no chão como um pacote.)*ler o seu diário valeu muito a pena.Você descreve muito bem os personagens com detalhes bastante peculiares,ajuda muito o trabalho de uma atriz...(cada um puxa uma cópia do meu diário e fazem uma leitura em voz alta inspirada.Eu estou devidamente amarrada e amordaçada pelo balofo.)*Maravilhosa essa Dona Néia,nordestina,um pouco perturbada.Você diz no quinto capitulo,onde você a descreve com muito cuidado:Pergunta sempre as horas,constatemente e é avoada.Apliquei esmero nisso...e mesmo assim,você só se entregou diante do plano c que era o mais popularesco ,você me desculpe.O bordão da personagem.O que ela sempre dizia : Muita Loisa pra lazer!Tive que apelar.Mas a atuação na espionagem não é uma questão de originalidade ou bom gosto e sim eficácia.Concorda comigo Belmiro?

(o monstro me coloca sobre os ombros,puxa de um dos bolsos do terno um Magnum e desce a escada comigo pendurada.Ele chupa o magnum.É o meu fim?)*