domingo, 4 de julho de 2010

aos túneis da minha cidade e aos carros que passam neles.


neste túnel que me vaia
me vou.Perceguido por
um U infinito.Eu bisci-
cleta,eu pedaladas e
eu mosquito (lambedor
das graças das
lâmpadas!)Sigo só

caçando eurekas.

alguns carros me
dão manchas na
cueca outros me
dão lambadas ver
tiginosas e tinjo
com minhas tripas
as paredes já mi
jadas deste túnel.

este túmulo
estupendo
paralítico
frenético
nevráugico.

pensamentos sobre a bunda do capeta me atordoam.Tumultuam.ME ENGARRAFAM,ME ESTACIONAM,ME DIRIGEM A REFLEXÃO sem que
eu o deseje.Sinto em meu peito
estacadas do pilão do universo.
Despejo sílabas cirandeiras que
os uivos maquinais extinguem
e na garganta das pedras a
digestão espacial range.

longe ainda do suor solar
eu sugo das lampadinhas
que os motorizados têm
graças a gasolina que
pulsa em suas veias
do mesmo jeito que
os motorizados pulsam
nas vias venais da cidade!

já diria Jim caviezel:
tudo é viceras e óleo dísel.

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